Você já ouviu falar da Síndrome de Burnout?
Setembro é o mês de conscientização sobre as doenças psiquiátricas e combate à depressão, chamado de “Setembro amarelo". Por achar que essa é uma causa que merece destaque, decidi abordar no papo de médica de hoje uma doença que não é exatamente da minha área, mas sobre a qual posso falar com propriedade, já que a tive: a Síndrome de Burnout.

A síndrome de Burnout é caracterizada por um esgotamento físico e psíquico, decorrente da insatisfação com o trabalho excessivo e degradante, que gera insatisfação também na vida pessoal e muitas vezes é acompanhada de sintomas de ansiedade e depressão. O termo Burnout vem do inglês e significa "queimar", foi criado pelo psicanalista Herbert Freudenberger em 1974.
Três características marcam a doença:
1- Exaustão física e emocional: dores musculares, cansaço extremo, desânimo, distúrbios do sono, solidão, raiva, impaciência, irritabilidade, mudanças bruscas de humor, sintomas depressivos como baixa auto-estima, raciocínio lento e desesperança.
2- Despersonalização ou ceticismo e distanciamento afetivo: a pessoa se torna ranzinza, irônica e negativista. E a presença de outras pessoas se torna indesejada.
3- Baixa produtividade no trabalho: decorrente da insatisfação progressiva tanto na vida pessoal, quanto profissional.
É uma doença grave. Precisa ser conhecida, falada, diagnosticada e tratada.
Diagnóstico e tratamento:
Pessoas com sintomas descritos acima devem se consultar com psicólogo e psiquiatra, que poderão fazer o diagnóstico numa anamnese (entrevista clínica) e também poderão se utilizar de questionários para avaliar respostas psicométricas, baseados na Escala Likert.
O tratamento consiste em: mudança no estilo de vida (descanço, relaxamento, descoberta de coisas que tragam alegria e entusiasmo), atividade física, psicoterapia e pode ainda ser aliado a medicações antidepressivas, ansiolíticas e medicações para dormir, geralmente prescritas por um prazo máximo de 1 ano (com redução gradual nesse tempo).
Gatilho:
A doença geralmente é desencadeada pela busca excessiva pelo perfeccionismo, e por uma excelência muitas vezes impossível de ser alcançada. Há uma cobrança excessiva de si mesmo e um engajamento no trabalho que vai além dos limites suportáveis. O portador de Burnout mede sua auto-estima pela realização profissional.
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Um abraço e até a próxima!
Renata R. Corrêa.