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Quer dicas de bons livros e filmes? Confira minha lista de leitura de março e filmes assistidos e ve

Muitas pessoas me perguntam como consigo ler tanto, ainda escrever, trabalhar fora e cuidar de minha casa e meus filhos. Realmente é coisa demais, mas com um pouco de organização a gente consegue dar “uma esticadinha” no tempo (basta querer!).


livros lidos em março

Meu próximo romance já está no forninho da Pandorga e em breve falarei mais sobre ele. Enquanto aguardo, aproveitei para revisar outro que já está pronto e deverá ser lançado em 2019. Li bastante e assisti a alguns filmes.


Vamos à minha lista de lidos e assistidos?


O primeiro livro que li em março foi um romance florzinha, daqueles bem tranquilos de ler e superfofos: “Cadu e Mari”, da autora A.C. Meyer, publicado pela Galera Record. O livro é muito gostoso de ler e trás uma protagonista gordinha, Mari, que trabalha em uma revista badalada de moda. Mari sofre Bulling na empresa por não ter um corpo dentro dos padrões ditados pela sociedade, mas ela tenta não sofrer e desempenha sua função com competência. Ela tinha uma queda pelo chefe, o todo gostoso “Carlos Eduardo – Cadu”, embora nunca sonhasse que poderia ser correspondida. Mas tem pessoas que parecem ter nascido umas para as outras, mesmo que tenham tido origens bens distintas. Mari é uma moça simples, Cadu é rico. Ela é uma garota bonita, mas comum, que veste 44. Ele é lindo, sarado e já namorou modelos famosas. Um belo dia o cupido resolve mirar sua flecha no coração de Cadu e a magia acontece: ele passa enxergar Mari como a mulher maravilhosa que é e se vê muito atraído. Eles acabam ficando juntos, mas o irmão de Cadu não gosta nada da ideia e enche a cabeça dele, ameaça Mari e faz de tudo para atrapalhar. Será que o amor dos dois será forte o bastante para resistir a tanta provação? Daí só lendo para descobrir!


O segundo livro que li foi “Três semanas com meu irmão”, do Nicholas Sparks e Micah Sparks. O livro foi escrito em 2004 na versão original em inglês e só foi traduzido no Brasil pela editora Arqueiro em 2015. Apesar de o nome do irmão constar como autor, o livro é narrado por Nicholas Sparks. Quem me conhece sabe que amo os livros dele, mas eu não conhecia sua história de vida. O tema do livro se baseia numa viagem que ele fez com o irmão ao redor do mundo, visitando lugares históricos da civilização antiga, mas ao mesmo tempo é uma autobiografia. O autor relembra sua infância miserável, narrando acontecimentos um tanto trágicos com muito humor. Seus pais tiveram uma forma muito peculiar de criá-los e é evidente como Nicholas sofreu e isso o marcou. Apesar do bom humor nítido na narrativa, sua vida é marcada por tragédias. Como se não bastasse todos os dramas familiares, Nicholas tinha um sonho de ser corredor, mas uma lesão no tendão de Aquiles encerra sua carreira ainda no início. Ele se vê perdido. Sua mãe, que ainda era viva, sugere a ele que escreva um livro: e assim nasceu um dos autores mais famosos das últimas décadas.

Depois de dois livros de terror escritos e não publicados, Nicholas publica seu primeiro livro com um corredor famoso americano. Alguns anos depois escreve seu primeiro romance e procura um agente literário. Manda inúmeras cartas e só recebe uma resposta. Essa agente que o respondeu apresenta o original de Nicholas para editoras e produtoras de cinema e consegue para ele um contrato milionário para a publicação de “Diário de uma paixão” pelo grupo Warner Bross, pela editora do grupo: Warner books. No livro ele conta sobre as várias inspirações para seus livros, o que só me fez querer ler tudo de novo.

Apesar de tanto sofrimento na vida pessoal, a carreira literária do autor é de um sucesso rápido e estratosférico.

Terminei o livro com um aperto no peito, que só aumentou quando eu soube que ele e a esposa, que parecia ser seu porto seguro, com quem tem 5 filhos, separaram-se em 2015, depois de 25 anos de casados.

Desejo que ele refaça sua vida sentimental e continue nos encantando com suas obras!


O terceiro livro que li em março foi “Uma incontrolável atração”, da autora Cris Barbosa, minha colega de editora. O livro foi publicado pela editora Pandorga em 2017.

Uma incontrolável atração é um romance erótico fofo, gostoso de ler. Conta a história de Gabriela, uma jovem que trabalha em um resort no Nordeste que acaba se apaixonando por Sam Willians, um famoso ator britânico, astro de Hollywood. O que os aproxima é apenas atração física, mas amor costuma nascer quando menos se espera. Eles viverão um verdadeiro conto de fadas, com direito a bruxas e tudo mais. As partes picantes são equilibradas com uma narrativa descontraída. Adorei a leitura.


O último livro que li este mês foi “A paixão segundo G.H., da Clarice Lispector, publicado pela Rocco (a primeira edição é de 1964). Eu havia lido esse livro aos 16, 17 anos (20 anos atrás) e confesso que ele mexeu muito comigo na época. Ele e “A hora da estrela” foram responsáveis por despertarem em mim a vontade de escrever (aonde quer que você esteja, obrigada Clarice, minha musa!).

A paixão segundo G.H. é considerado o melhor livro da carreira da autora. Tenho uma coleção de livros dela e certamente esse é o de mais difícil leitura e o mais profundo. Apesar de ter um enredo aparentemente banal, Clarice mergulha no psicológico da protagonista G.H., fazendo-a repensar sua vida e a vida, enfrentar seus medos e reencontrar-se. Eu amei reler essa obra-prima, mas como a própria Clarice disse na abertura do livro “Este livro é um livro qualquer. Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada. Aquelas que sabem que a aproximação do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente — atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar. Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém. A mim, por exemplo, o personagem G.H. foi dando pouco a pouco uma alegria difícil; mas chama-se alegria. — Clarice Lispector”.

Clarice tinha uma linguagem muito própria, por vezes difícil, “hermética”, como costumavam taxá-la. Sua forma de escrever marcou a Literatura Nacional, sendo considerada uma das maiores autoras brasileiras de todos os tempos.

Recomendo que leiam Clarice, comecem pelas crônicas e contos e depois leiam “A hora da estrela” e “Paixão segundo G.H.”. É impossível ser a mesma pessoa depois dessas leituras. A escrita de Clarice nos transforma.


Agora vamos de filmes?

Assisti em março “O estado das coisas”, com Ben Stiller. O filme é de 2017 e mostra de uma forma quase cruel o que a inveja é capaz de fazer. Brad (Bem Stiller) de repente começa a questionar sua vida e a compará-la com a de seus amigos de faculdade, todos “muito mais bem sucedidos” que ele, pelo menos é o que ele imagina. Essa comparação toda o faz entrar num estado melancólico e nos leva a uma reflexão: não gaste sua vida olhando para a grama do vizinho. Viva a sua vida e viva da melhor forma possível.


O outro filme que consegui assistir (inteiro, sem dormir, porque vou falar uma coisa gente, tem horas que o cansaço domina e o sono vem, principalmente depois de uma taça de vinho relaxante!) foi “A grande jogada”. O filme também é de 2017 e conta a vida de Molly Boom, baseado num livro autobiográfico. Molly Boom foi uma esquiadora que perdeu sua grande chance nos jogos Olímpicos devido a um grave acidente. Seu pai, que era psiquiatra e seu treinador, sempre foi muito rígido com ela. Molly resolve abandonar a carreira de esportista e vai tentar a vida em Los Angeles, onde acaba coordenando jogos de pôquer clandestinos, entre homens poderosos e milionários. Ganha muito dinheiro, mas é traída por um dos jogadores. Mesmo assim consegue se reerguer, mas acaba se envolvendo com a máfia russa, investigada pelo FBI e julgada. O filme é ágil e muito interessante.


Desculpem a postagem enorme de hoje, mas espero que tenham gostado e aproveitem as dicas!

Beijos e até a próxima.


Renata R. Corrêa

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